O REGRESSO DE POLARIS PARTE 3 – OS EXILADOS DE ALTAIR IV

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O REGRESSO DE POLARIS – PARTE 3

Essas mudanças refletiram diretamente também na Terra, que naquele período desenvolvia plena atividade colonialista nos continentes da Lemúria e Atlântida, com culturas de diversos povos. Os mais ativos eram os Pleiadianos e Sirianos, que requisitavam o direito absoluto de posse do planeta para fins de pesquisa e acompanhamento da polarização que tinha sido transferida para a Terra, por ser um planeta neutro em muitos aspectos. Essa neutralidade da Terra se baseava em ter recebido e abrigado seres de outras culturas desde tempos imemoráveis, existentes inclusive nos registros mais antigos.

Esses representantes não tinham consciência do passado da Terra e do nosso Sistema Solar de forma linear, mas somente alguns trechos devido ao uso de equipamentos e sondas temporais, que tinham permitido conhecer alguns pontos obscuros de sua evolução. No entanto, as pesquisas nessa linha estavam sob forte vigilância governamental por parte dos representantes de Sirius, Plêiades, Centauro e Antares para evitar distúrbios, contando com o apoio da polícia temporal, que eram seres representantes de outras esferas multidimensionais que regularmente se apresentavam evitar experimentos com o fluxo temporal, podendo levar a própria existência da humanidade a um caos descontrolado.

Esses policiais do tempo são membros da Confederação, seres de outro universo que tinham a capacidade de se materializar no plano tridimensional em situações bem críticas das pesquisas da humanidade tecnicamente mais desenvolvidas. Os próprios cientistas do Império de Orion tinham recebido esses policiais, que acabaram descaracterizando ou mesmo desintegrando as máquinas destinadas a viagens temporais. Aos poucos começaram a compreender que o universo não era somente o que podiam registrar com seus instrumentos científicos e com seus sentidos sensoriais.

As informações transmitidas por Sandalfon ajudaram a clarear muitos pontos obscuros da grande humanidade e ajudou milhares de pesquisadores e cientistas que estavam trilhando caminhos perigosos ou extenuantes sem encontrar parâmetros para continuar suas pesquisas. Lembremos que não eram todos os reinos estelares que estavam nesse conflito evolutivo. O foco principal era Orion e as proximidades de Lira e Vega devido às interferências do ego pessoal mal cristalizado. Os outros reinos estavam evoluindo e despertando de forma mais objetiva, podendo aproveitar essas informações reveladoras, pois nortearam de forma construtiva suas diretrizes e parâmetros de evolução, permitindo que os mensageiros crísticos se manifestassem de forma mais direta e profunda nessa humanidade. Isso foi muito importante nos reinos puros.

Quando digo Reinos Puros, estou me referindo ao fato de que Sistemas Solares como Sirius possuem muitos planetas, que, em geral, tiveram a manifestação de uma única ou poucas linhas raciais, o que não ocorreu em nosso planeta, que recebeu herança genética de milhares de outros mundos. A Constelação das Plêiades possuía diversas raças humanas dentro de seu campo vital, atuando desde a 3ª até a 6ª dimensão. No entanto, a maioria desses mundos era ou ainda é habitada por raças com uma herança genética proveniente de Lira, Sirius, Centauro de forma mais direta e pura, o que não ocorreu na Terra, que sempre recebeu pessoas de diversos lugares, como já comentado neste e em trabalhos anteriores.

A equipe exploradora conseguiu sua neutralidade em Altair, evitando um confronto político aberto com as forças de Orion manifestadas por Wielsen. Nos dias que se seguiram, a equipe revelou outros aspectos interessantes de sua exploração sobre a grande variedade de mundos e culturas existentes nas regiões periféricas, como também as facilidades de navegação nesses setores devido à menor concentração de estrelas. Contudo, eles se abstiveram de detalhes orbitais de alguns mundos que eram muito interessantes, declarando que tinham prometido não revelar sua posição até que estes mundos assim autorizassem. Constantemente eram vigiados por membros das duas linhas políticas e diversas tentativas de penetrar sem autorização em sua nave foram repelidas pelos sistemas de segurança automáticos.

Muitas reuniões foram feitas com Ribenson, Apolux, Patrizen, Aguila e Branian, mas muitas outras também ficaram a cargo do restante da tripulação com os líderes, sacerdotes e pesquisadores para inserir o vírus do despertar do Cristo e uma libertação direta da população do atual regime instável que vivia nos planetas de Altair. Essa semente foi plantada em diversas frentes com diversos dirigentes de partidos políticos e administrativos que estavam divididos devido à presença ofensiva dos MIB’s e de outras representações de Orion e da Federação. Esse processo não foi imediato, levando cerca de dois anos até que desse frutos efetivos no sentido de questionar as atitudes de Wielsen de forma direta e utilizar a mídia como forma de crítica. Os métodos de controle do império eram sabotados abertamente pela população mais atingida.

Muitas minas não mais produziram devido à paralisação passiva dos trabalhadores, assim como as residências dos membros do império foram isoladas e deixadas em quarentena pela civilização. Isso deixou muitas linhas do Império sem ação ofensiva, pois não podiam executar abertamente o povo, declarando um estado de guerra. Toda a situação tinha sido criada através da opressão militar e política, pois a Federação, por outro lado, trabalhava arduamente na frente política e nas pressões de fronteira com outras delegações para pressionar as naves do Império e de suas aliadas a desistir de uma ofensiva. No entanto, por ser uma guerra política, ambas as partes tinham feito muitas concessões para evitar uma guerra, o que as limitava e comprometia com sua população.

Portanto, o processo desencadeado pelas transmissões de Tâina e Sandalfon e aliados às intervenções dos grupos de libertação, estavam forçando ambas as frentes a rever suas diretrizes caso quisessem evitar a guerra que estava se projetando em diversos lugares. Em Altair, a guerra era uma questão de tempo, pois Wielsen por diversas vezes ameaçou entrar com sua poderosa nave em ação, caso a população não acatasse suas ordens.

Por outro lado, a Federação enviou reforços para Branian com naves bem maiores para opor-se ao poder de Wielsen. Em paralelo a todos esses acontecimentos, alguns membros mais desapercebidos da tripulação de Sandalfon se teletransportavam para Polaris a fim de monitorar o espectro astral e telúrico do Sistema e manter a nave de Wielsen sob vigilância, que era um dos maiores riscos à paz em Altair. Polaris era uma nave bem maior e possuía tecnologia também de geração superior, apta a desativar as naves que se opusessem a ela em poucos segundos. Seus sistemas ofensivos de ataque não estavam baseados apenas em armas de destruição, mas em neutralização e absorção das energias do inimigo, podendo inutilizar e imobilizar seus oponentes sem disparar nenhuma arma destrutiva, apenas desativando ou sangrando os reatores energéticos dos oponentes. Isso era um dos maiores trunfos da Polaris, pois evitava o derramamento de sangue e longos combates que podiam ser mantidos por naves de tamanho elevado como a de Wielsen. Polaris permaneceu escondida até o momento decisivo dos acontecimentos em Altair.

Durante alguns anos Sandalfon pôde apresentar as informações que manipulou para a Federação e para o Império, mas as pressões para ele entregar sua nave eram maiores a cada dia, sendo que sua recusa estava respaldada pela manipulação psíquica dos responsáveis pelo requerimento. A entrega de sua nave revelaria a presença de tecnologia ainda não descoberta, que nas mãos erradas poderia levar a um maior desequilíbrio de forças. Por essa razão, as visitas feitas à sua nave eram acompanhadas pelos engenheiros responsáveis que, por sua vez, induziam psiquicamente os visitantes e dar-se por satisfeitos, porém os registros de vídeo não podiam ser falsificados sempre, como o que tinham feito com ondas de captação artificias, que faziam com que as gravações captassem imagens holográficas e não a realidade. Isso porque muitas instalações da nave não correspondiam ao projeto original.

Ribenson passou a ser ajudado por dois membros da equipe no sentido de direcionar suas pesquisas e intervenções cirúrgicas para remover genes recessivos comuns em muitos seres humanos, decorrentes das misturas genéticas do passado. Bautriz foi contatado para liderar um movimento de jovens em oposição às diretrizes absurdas que Wielsen delineava para seus subordinados. Todos os membros do governo ou de influência política estavam sendo de alguma forma contatados e submetidos a tratamentos psíquicos de direcionamento para permitir que a humanidade dos planetas de Altair tivessem liberdade de expressão. Muitos membros do Império estavam dentro desse programa para despertar suas fileiras. Muitos cidadãos tinham deixado e continuavam a deixar Altair IV e outros planetas do Sistema, procurando abrigo em outros mundos mais estáveis.

A mão-de-obra das minas estava sendo paulatinamente substituída por robôs, mesmo em tarefas de controle que antes eram comuns aos seres humanos. A economia estava ficando fragilizada devido ao desvio de produtos para outros destinos vinculados ao Império, que não revertiam para Altair recursos em troca dos minérios. Isso era um dos pontos de maior desestabilização social que estava forçando a derrubada de suas diretrizes. A Federação procurava intervir de forma direta, mas sempre acabava enfrentando um dilema político para evitar uma guerra direta sobre os céus de Altair IV, que era o foco central das atenções entre ambas as forças. Os movimentos esotéricos e alternativos estavam em plena expansão como resposta às revelações da transmissão de Sandalfon, que ainda tinham um efeito esmagador no processo de despertar da humanidade local. 

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