A SEGREGAÇÃO SOCIAL DE ALTAIR IV – NOVO CAPÍTULO DE “OS EXILADOS DE ALTAIR IV”

A Segregação Social de Altair IV
Como o rumo dos acontecimentos direcionou as pessoas para novas linhas de raciocínio em relação à vida e seu significado, muitas frentes filosóficas, espirituais e políticas estavam se delineando na sociedade dos planetas de Altair e em outros mundos que tinham recebido esse novo código evolutivo.

Muitos seres extradimensionais tinham se apresentado na psique dos recém despertados. Naves de outras dimensões entraram em contato com ambas as frentes políticas em diversos lugares da Via Láctea. Todas essas informações faziam com que o descrédito em relação à política e as razões dessa política administrativa de Wielsen e Branian fossem questionadas.
Surgiram, então, novas linhas de expressão que começaram a derrubar conceitos antigos e a instaurar novas diretrizes de vida para um despertar da sociedade. Esses movimentos fragilizaram demais as atitudes dos representantes do Império e da Federação, porque o povo não mais queria seguir dentro dos moldes preestabelecidos pela sociedade dominante.
Sandalfon evitou três investidas militares de Wielsen contra sua nave e a vida de diversos membros de sua equipe. Estavam próximos a uma ruptura entre as linhas que não queriam abandonar o poder, mas as populações estavam cada dia mais divididas em diferentes psiques, contaminando inclusive muitos membros ditatoriais do Império e da Federação.

Cerca de dois milhões de pessoas deixaram Altair IV e mais cinco milhões se retiraram de outros mundos em direção a outros planetas das constelações mais afastadas. Outros, no entanto, procuravam mundos novos para colonizar e se estabelecer sem o contato com uma das partes ou mesmo com ambas as polaridades. A existência dos Mestres Ascensionados de outras eras teve seu despertar e ápice nesse processo, quando muitas pessoas se apegaram a eles para direcionar e planejar uma nova vida, porém era necessário desmembrar-se das linhas políticas de poder existentes.
Um levante para derrubar Wielsen e outros dirigentes iniciou-se com pressões de diversas frentes sociais de todos os planetas de Altair. Iniciava-se mais uma etapa no despertar dessa humanidade, de forma semelhante ao que está ocorrendo aqui em nosso planeta há mais de 60 anos, um processo de despertar e novas realidades aflorando dentro da nossa psique e processo sensorial. Nós estamos, na realidade, seguindo uma programação utilizada em outros mundos e em outras épocas com civilizações que não conhecemos, há muitos milhares de anos perdidas e esquecidas.
Acredito que o que me levou a receber instruções sobre esse povo, é a semelhança com a atual situação social e psíquica que a nossa humanidade passa no momento. Já no 12º ano após o retorno da Sandalfon e sua equipe, as modificações diretas na sociedade e nas suas exigências como seres humanos em um processo de despertar, chegaram a um clímax político, com seis frentes diferentes alegando seus direitos de direcionar a evolução da sociedade rumo a uma utopia que cada linha garantia poder cumprir. Isso fez com que a credibilidade das diretrizes do Império de Orion e em parte da Federação caíssem em descrédito e fossem gradualmente desacatadas. Um processo de revolta e anarquia estava instaurado em diversos pontos.
Grande parte dos MIB’s foram assassinados por grupos de libertação, além de muitos agentes secretos desaparecerem sem deixar vestígios. Em outras localidades, as forças ofensivas de Orion estavam se manifestando abertamente, deixando de lado a política até o momento instaurada. Em Pateze cerca de 350 naves de grande porte estavam sendo direcionadas para os centros de revolta dentro de Orion, que também passava por sérias crises entre os representantes de Betelgeuse e Rígel, que dividiam a polaridade evolutiva e política dessa Constelação. Metraton se manifestava de forma ativa e sem rodeios entre ambas as partes e a situação começava a se delinear para muitos membros que estavam iludidos de brincar de guerra e agentes secretos. Em Lira, o Arcanjo Miliel efetuou diversas aparições com seu grandioso Merkaba de Luz, revelando a presença dos Guardiões da Luz e da Polícia temporal, como membros de sua corte de anjos da luz. Em outros pontos da Via Láctea o Arcanjo Gabriel se manifestou como um dos líderes espirituais da Federação Intergaláctica, que passava por uma remodelação conceitual nos mundos mais densos.

Aos poucos, as pessoas tomavam conhecimento que não estavam sozinhas no universo conhecido e outras forças de interesse estavam se manifestando para garantir a paz. Sandalfon gradualmente conseguiu direcionar diversos grupos de estudos metafísicos e de movimentos de libertação para uma linha mais iluminada e coerente, sem promover guerrilhas, erguendo a bandeira do diálogo e da ponderação, para ganhar credibilidade e respeito perante outras frentes. Também possibilitou que o número de ataques contra lideranças governamentais diminuísse e fossem levadas para um parlamento em regime aberto onde a população podia acompanhar os debates. Por outro lado, nos planetas restantes de Altair, a situação também era de descontrole devido à enorme pressão que Wielsen fazia com sua polícia secreta além da armada que possuía. Em pouco tempo, a notícia de grande armada que se concentrava em outros pontos da Galáxia chegava aos ouvidos de todos. A Federação anunciava que tomaria medidas de retaliação comercial e militar caso a armada não recuasse, deixando as áreas de influência da Federação.
Esse clima de instabilidade fazia parte da pressão exercida pelas forças dos Impérios que não queriam perder a ilusão do poder e do controle sobre as novas formas de vida e colônias. Tratava-se mais uma vez de um ciclo quando alguns grupos começam a despertar, enquanto outros procuram conter esse desenvolvimento. No entanto, Sandalfon e seus contatos ao nível sutil sabiam que no momento as lideranças do Império estavam blefando para forçar as populações a ficarem retraídas. Mas dentro de alguns anos havia a possibilidade que uma guerra acontecesse, porque a transmissão efetuada pela equipe de Sandalfon ainda surtia efeitos, pois pesquisas arqueológicas e antropológicas comprovavam a transmissão, abrindo a consciência das pessoas, além de despertar a curiosidade por sua herança sideral. Os extermínios em massa já não era uma probabilidade para milhões de seres e mesmo entre as fileiras militares, existiam muitas dúvidas e novos propósitos de vida. Em centenas de mundos, cidades soterradas foram encontradas em profundas escavações provenientes de grandes impérios, complementando parte da história e das lendas conhecidas sobre a origem de muitas raças perdidas, levando grandes massas a questionar a realidade atual e o caminho com o qual se defrontavam. Já era evidente para muitas pessoas a realidade de grandes batalhas no passado.

Em muitos mundos habitados de Orion e de Sirius, bases subterrâneas foram encontradas e outras bases em uma realidade temporal e dimensional paralela, deixando como herança informações sobre os caminhos da grande guerra que levara parte da civilização de Sirius para Orion e de como a disputa pelo poder através da polarização tinha destruído mundos inteiros além de grandes genocídios em escala sistêmica. Esses relatos continham gravações de muitas batalhas, evidenciando o grande potencial dos antepassados, que mesmo com uma civilização estruturada e alta tecnologia, tinham sucumbido à destruição devido à ignorância e falta de diálogo, por acharem que cada lado possuía razão. Nesses achados descobriram que muitas civilizações tinham se mudado para outras galáxias e dimensões para escapar ao desastre. Assim como evidências de outras civilizações que conseguiram se isolar, alcançaram outros níveis de existência. Em algumas gravações, naves semelhantes à Polaris tinham aparecido, além de menções aos membros espirituais da Confederação Intergaláctica registrados nos grandes Elohins e Arcanjos pertencentes às antigas lendas e manuscritos canalizados por diversas fontes na Via Láctea.
Aos poucos os caminhos da civilização humana e dos draconianos estavam sendo direcionados e sutilmente manipulados para permitir um novo rumo, que tinham relação também com as raças da linhagem de Lagartos e Insetos que perfazem a família dos draconianos. Não era mais possível conter os acontecimentos sociais em milhares de mundos sob ditadura. Esses acontecimentos estavam se cristalizando nos mundos mais polarizados e em conflito, em planetas semelhantes à Terra, que também foi atingida por essas revelações, pois estavam presentes nesse período representantes de Sirius e das Plêiades em maior quantidade que os representantes de outros lugares, como Centauro, Orion, Andrômeda, Vega e outros mundos pertencentes à Via Láctea e fora também. Na realidade, existia na Terra outro conflito territorial em andamento desde há milhares de anos, pois sendo o nosso Sistema Solar dependente direto de Sirius como expressão de Logos Solar, os seres dessa estrela tríplice entendiam que a Terra era um mundo sob sua soberania, o que não correspondia à realidade. Isso se justificava pelo fato de que Sirius fica atualmente cerca de 8,7 anos-luz da Terra, e naquele período, a distância não era muito maior, pois estávamos muito próximos do campo vital e magnético do conjunto de Sirius. As outras culturas eram mais distantes, com exceção dos Centaurinos que ficavam a menos da metade dessa distância. Mas como as relações entre Centauro e Sirius eram muito positivas, não existia uma disputa aberta, pois ambos efetuavam pesquisas e procuravam elevar os padrões genéticos dos humanos aqui existentes.
Este movimento iniciou o processo de divisão cultural e novamente grupos que não mais se sentiam estáveis e seguros em sua sociedade iniciaram a busca por outros lugares mais afastados para viver. Desta maneira, em Altair e seus mundos, se iniciou o processo de exílio de muitas pessoas que não mais queriam se submeter às arbitrariedades do governo e das lideranças que queriam manter seu poder sobre a população.
Sandalfon sabia que Wielsen não iria permitir que determinadas pessoas deixassem suas ocupações que favoreciam o Império, portanto, havia chegado um momento decisivo. Polaris seria utilizada no resgate daqueles que desejavam se exilar das complicações, pois todos sabiam que uma guerra não seria a solução, já que o problema estava dentro de cada ser humano e não no tipo de regime político e governamental. A maioria da população tinha despertado para essa realidade, mas trilhar esse caminho de busca interior estava cada dia mais difícil devido às exigências políticas e civis que tinham sido criadas propositalmente pelas hordas do Império de Orion em Altair e seus mundos.

Pelos cálculos de Sandalfon, cerca de cem mil pessoas buscavam de imediato deixar o sistema e procurar outros mundos para povoar, mas dentro desse grupo não existia uma homogeneidade para que pudessem iniciar uma nova vida planetária com os recursos técnicos das naves que pretendiam utilizar. E a maioria dos mundos catalogados para colonização estavam nas mãos da Federação ou do Império e seus aliados, portanto, tinham que iniciar uma busca que poderia demorar anos ou mesmo séculos. Estes mundos estavam na região periférica, o que dificilmente poderia ser alcançado com as naves precárias que muitas dessas pessoas dispunham.
Novas dificuldades se apresentavam para milhares de pessoas, que também ajudariam a delinear seu caráter durante a busca por determinados caminhos. Muitos, por outro lado, procuravam nos mundos da Federação uma nova vida. Mas essa movimentação era desordenada, provocando sérias dificuldades para a economia de mundos mais pacíficos ou estáveis, que iniciaram retaliações e exigências para evitar a migração de pessoas indesejáveis. Uma nova etapa no processo estava sendo iniciada, tornando a situação muito densa nesses centros estelares.
O Império de Orion tomou a iniciativa de atrair para seus mundos dentro do Cinturão central essas pessoas com muitas vantagens técnicas e sociais, semelhante ao milagre norte-americano dos anos 50 no nosso pós-guerra. Essa atitude rendeu muitos adeptos e milhões de seres se movimentaram para esse foco. Isso fortaleceu em muito o Império, que passou a ocupar um novo papel de desenvolvimento social e cultural em nossa Galáxia. Sem eles saberem, isso os ajudou a lidar melhor com as disputas de polaridade, pois com novo material genético possuindo novas diretrizes e programas espirituais, ocorreu uma mudança na egrégora de muitos mundos. O que veio ao encontro dos trabalhos e esforços de Metraton, pois possibilitou a abertura e maturidade de milhares de seres, que antes estavam destinados ao extermínio coletivo. Portanto, o êxodo e exílio de muitos seres humanos permitiu que as culturas mais antigas e arraigadas a conceitos deturpados tivessem a possibilidade de conhecer diretamente outras formas de viver.
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