NOVO CAPÍTULO: “OS EXILADOS DE ALTAIR”

Os Exilados de Altair
Tem início o exílio voluntário e involuntário de muitas pessoas que não mais se adaptavam às condições reinantes nos mundos da Estrela de Altair, movidas inclusive por atritos militares em solo e no espaço, que tiveram que ser controlados pela equipe de Sandalfon para evitar um ataque direto de algumas lideranças fanáticas de Wielsen, que procuravam conter o poder através da força armada. O motivo desse exílio para muitas pessoas era a egrégora planetária emanada por diferentes pensamentos em diversas sintonias. O plano astral desses mundos estava em alguns aspectos se projetando dentro da mente das pessoas, criando alucinações. Wielsen e Branian tentavam conter esse plano por meio de tecnologia para manipular as pessoas dentro de seus propósitos. Isso estava criando ainda mais confusão, pois alteravam os padrões mentais e sinápticos das pessoas, levando-as à loucura por ativarem uma terceira visão desequilibrada, que em muitos casos não tinha como ser controlada quando aberta pelas radiações dos satélites de controle de ambas as potências.

Quando o movimento de êxodo de muitos habitantes dos planetas da estrela Altair se tornou evidente, tanto Branian como Wielsen procuravam conter e direcionar essas pessoas para seus mundos tutelados. No entanto, quando começaram a perceber que milhares de pessoas não queriam aderir a essas alternativas, preferindo inclusive buscar novos mundos e se desligar por completo de ambas as potências, houve um impasse, pois isso poderia a longo prazo debilitar o controle autárquico, levando muitos mundos a se desligar da tutela, que em muitos casos representavam acordos comerciais que sustentavam as instituições. Em paralelo, começou a surgir um movimento de libertação dos habitantes de Altair IV que queriam se tornar independentes por completo de ambas as instituições governamentais, o que era normal, mas com esse tipo de rompimento, o Império de Orion perderia importantes reservas para Pateze, significando uma perda e um enfraquecimento das forças coloniais de Orion nesse quadrante. Assim, a tensão levou Wielsen a fazer retaliações diretas nessas lideranças.

Alguns membros da equipe de Sandalfon intervieram nas ações terroristas dos comandantes e agentes secretos de Wielsen, mas isso não impediu que atos insanos contra milhares de pessoas fossem cometidos. A revolta racial explodiu de forma alarmante entre as diferentes manifestações residentes em Altair IV e nos outros mundos. Wielsen definitivamente declarou guerra e extermínio contra as raças não pertencentes aos padrões de beleza e genética enquadrados no padrão ariano e caucasiano. Como a maioria natural de Altair IV era de negros gigantes, houve uma batalha psíquica direta. Esta batalha tinha por objetivo desviar a atenção dos grupos que estavam direcionando as pesquisas e inclusive a construção de naves para efetuarem seu êxodo rumo a outros mundos sem o apoio do Império ou da Federação. Portanto, queriam desmantelar todas as diligências que buscassem liberdade. A liberdade tinha sido revogada para todos os habitantes de Altair IV reinando um estado de alerta e recolher. Foi implantado um estado de sítio marcial, mesmo contra a vontade dos governantes. Três naves de Branian foram desintegradas pelas forças de Wielsen nesse processo e rebeldes atacavam ambas as frentes, pois a confusão instalada propositalmente fazia com que a população não confiasse nem na Federação ou no Império.

O governo estava sendo pressionado a decretar medidas de extermínio e prisão para qualquer grupo ou reuniões de pessoas. O terrorismo começou a se implantar de forma aberta. Estava em ação um plano de emergência e desespero daqueles que não queriam perder o poder. Nesse ponto, a Hoste Ascensionada orientou Sandalfon e sua equipe a intervir e empregar sua tecnologia e poderes para evitar o pior, incluindo uma guerra que estava se delineando claramente. Curiosamente, os conflitos existentes eram a cristalização direta dos conflitos pessoais de milhares de pessoas, envolvendo todas as parcelas do conflito. Os habitantes dos planetas de Altair estavam envolvidos nesse conflito, porque tinham aceitado essa energia e porque buscavam uma nova motivação e padrão energético. No entanto, acabaram sendo manipulados pelas energias e se perderam dentro do redemoinho de fluxos mentais e astrais que se desenvolveram em poucos anos. Esses fluxos tomavam a psique humana de assalto e ofuscavam a realidade. O senso de liberdade era uma das premissas, mas não sabiam como efetivá-lo, pois esse sentido era mal interpretado e confuso, pois não sabiam classificar que tipo de liberdade queriam. Não se tratava de uma liberdade política ou psíquica, mas antes, uma liberdade em relação às suas heranças genéticas que causavam a polarização. A maioria dessa da população estava passando por uma crise existencial que tinha culminado com diversos distúrbios políticos e sociais em escala planetária. Dentro da loucura, as pessoas perdiam o controle sobre a situação real dos acontecimentos. Os indivíduos mais estáveis buscavam se isolar em regiões mais afastadas, o que não era fácil, devido à alta densidade demográfica do planeta, o que também motivou o êxodo planetário.

Os outros planetas não estavam em melhor situação e não ofereciam paz de espírito para esses refugiados. Os conflitos de ordem racial foram muito violentos, pois a população de Altair IV, V e VI eram negras contra uma minoria ariana proveniente dos outros mundos, ou de outros impérios. Isso gerou um caos psíquico muito grande, pois devido à dependência tecnológica dos colonizadores, a raça negra tinha que buscar sua independência em relação a esses movimentos nefastos. Em Altair V ocorreu a completa expulsão de qualquer raça que não fosse negra, iniciando um movimento de libertação e de soberania que tomou as instalações das empresas comerciais de mineração das mãos das raças não negras. Esse exemplo estava sendo seguido por outros grupo em Altair VI, o que não agradou a Wielsen e nem a Branian, que compreendia os motivos e aceitou essa decisão governamental e social, sabendo que seria inútil lutar contra esse movimento, ainda mais se queria ganhar a simpatia dos líderes para derrubar Wielsen, que buscava manter seu poder a troco de sangue.
Quando estes atos se consolidaram, Wielsen decidiu numa única cartada jogar com a sorte e movimentou seus esquadrões de naves para orbitarem Altair V e VI e obrigar uma rendição ao Império de Orion, com a ameaça de destruir as principais cidades em poucas horas. Branian tentou intervir e pediu ajuda às outras unidades de grande porte da Federação, que estavam estacionadas em pontos estratégicos. Uma grande armada estava se movimentando para a região de Altair, sendo que 50 naves gigantes de combate iguais às de Wielsen se posicionavam para bloquear as naves da Federação. Sandalfon entrou em ação imediata com sua nave, desativando centenas de naves pequenas de combate do império, projetando radiações que bloqueavam por completo os processos de fusão nuclear empregados pelos sistemas de navegação e armamentos dessas naves. Essas naves acabaram presas no campo gravitacional dos planetas que orbitavam e foram apreendidas pelas naves de Branian que tinha sido comunicado sobre as providências tomadas por Sandalfon.

Quando Wielsen verificou o que tinha ocorrido, resolveu utilizar o poder bélico de sua grande nave capitania sobre a nave de Sandalfon. Os escudos de proteção de sua nave o protegeram por completo dos ataques, mas exigiam cerca de 90% de capacidade dos geradores para manter a barreira erguida e a nave em pleno funcionamento operacional no espaço. Wielsen, por ser um especialista militar, percebeu esse fato e mandou imediatamente todas as suas esquadrilhas de caças atacar a nave de Sandalfon e as naves de Branian que estivessem nas proximidades. Isso representaria uma carga energética muito elevada para a pequena nave de Sandalfon, causando também a morte de centenas de pessoas nas naves de Branian e na superfície dos planetas que receberiam impactos perdidos e destroços das naves.

Era chegado o momento de efetivamente destituir o Império de Orion do pretenso poder que acreditavam possuir, e para isso, a nave Polaris foi ativada. Quando os instrumentos das naves verificaram a presença de uma nave que se materializou do nada e bloqueou sem nenhum esforço os ataques da nave capitania do Império, todos ficaram sem saber como reagir, pois a Polaris era bem maior que a grande nave do Império e demonstrava um design semelhante às naves mostradas na transmissão de Sandalfon e nas revelações arqueológicas dos últimos anos. Imediatamente a nave de Sandalfon se dirigiu para o hangar no interior da Polaris. Sandalfon assumiu o comando da nave e fez uma transmissão aberta para todas as naves sobre a natureza da Polaris e sua missão. Em seguida, desativou todas as naves menores do império e se direcionou para a nave capitania que iniciava um poderoso ataque com todas as suas armas. Sandalfon utilizou armas ofensivas e destruiu parte da nave de Wielsen para deixá-la inutilizada, destruindo os sistemas ofensivos de ataque e os propulsores em apenas três minutos de combate.

A nave do império se transformou em um gigantesco destroço à deriva a quatro milhões de quilômetros de Altair IV. Polaris tomou a rota das 50 naves restantes dessa classe de combate e rebocou a nave de Wielsen em uma viagem hiper luz que demorou cerca de cinco minutos até as novas coordenadas, declarando abertamente que todas as unidades ofensivas do Império deveriam retornar às suas bases e iniciar negociações diplomáticas, pois uma nova guerra significaria o retrocesso de todas as conquistas alcançadas por ambas as partes. Milhares de Merkabas de Luz guiados por Arcanjo Gabriel se materializaram para confirmar as palavras de Sandalfon. Os destroços da nave de Wielsen foram deixados em órbita próximo às naves do Império. Duas naves de combate ainda tentaram atacar Polaris e os Merkabas, mas sem efeito, se transformando em novos destroços como a nave de Wielsen. A vida da tripulação, no entanto, foi poupada dentro do possível, pois o processo de destruição das naves ocorria internamente, na forma de pequenas implosões dos mecanismos de energia, diminuindo o risco de morte consideravelmente.
Esses atos deixaram evidente que tanto a Federação, como o Império de Orion deveriam trilhar outro caminho para o desenvolvimento de seus conflitos de poder. A Federação, por outro lado, era tutelada por outras hierarquias mais sutis, seguindo uma determinada diretriz, mas o Império tinha outras linhas evolutivas. Uma nova etapa estava sendo definida sem a presença ofensiva das naves de guerra, cabendo às civilizações encontrar um desenvolvimento positivo e construtivo para todas as partes. Com o fim da opressão direta das naves do Império de Orion, Branian acabou instaurando um regime de paz e soluções para os conflitos. Os conflitos ainda existiam devido àqueles que insistiam em mantê-los, mas de modo geral, o perigo de uma guerra planetária tinha sido afastado. Sandalfon com Apolux e outros líderes procuraram apresentar planos de atendimento e modificações políticas para que Altair IV alcançasse uma postura renovadora, o que também estava sendo buscado nos outros planetas. A pedido de Sandalfon, Branian não interferiu mais nos acontecimentos, ficando na retaguarda e deixando que a população dos mundos se adaptasse e decidisse sua nova linha governamental e o futuro que cada planeta deveria tomar.
Sem a presença ofensiva do Império de Orion e das outras delegações filiadas, era possível respirar mais tranquilamente, porém, movimentos subversivos de pessoas simpatizantes do império procuravam restaurar o poder anterior. A economia e a produção industrial voltou para as mãos dos antigos donos ou foi colocada sob cooperativas administrativas, para diminuir os riscos de conflitos. Em poucos meses a situação geral de Altair IV estava se estabilizando em níveis produtivos, mas no campo diplomático e burocrático ainda havia conturbação, pois os representantes do Império de Orion e seus simpatizantes ainda lutavam para restaurar o poder, alienando as pessoas no caminho das drogas e da prostituição.
Sandalfon percebeu que o processo de burilamento interno de muitos ainda continuava, mas em ritmo mais lento e, por outro lado, o grupo de místicos estava em expansão, procurando se isolar e buscar novas pesquisas e direcionamento para suas vidas. Isso estava presente em vários mundos, mas em Altair IV, que tinha cristalizado a polaridade e a busca do poder que antes existira em Vega de forma tão violenta, fazia brotar seus frutos. Isso porque as ramificações do Império de Orion tinham seguido padrões de Vega na codificação genética e nas técnicas de expressão. A presença de iniciados e Avatares estava se projetando de forma objetiva e direta em vários mundos, de Orion e em Vega e Lira. Em Altair IV eles se apresentavam de forma sutil à medida que suas mensagens e ensinamentos podiam ser divulgados pelos meios de comunicação.

A manifestação da Chama Violeta era uma realidade para milhares de pessoas, assim como para antigos Mestres Ascensionados provenientes de outras dimensões e mundos de Lira. Aos poucos as egrégoras foram sendo definidas, iniciando uma jornada rumo às estrelas para colonizar outro planeta, mantendo a raiz genética da raça de Altair IV, que, como já dissemos, carregava uma combinação genética distinta em relação a outras manifestações da raça negra de Lira em outros mundos, devido à mistura entre os representantes de Águia e Lira. Assim, Sandalfon tinha sido incumbido de resgatar parte desses compatriotas e levá-los para um mundo distante no quadrante oposto a Altair da Via Láctea, onde poderiam iniciar uma vida mais espiritualizada e com novas técnicas de evolução entre a fisicalidade e a espiritualidade. Essas pessoas necessitavam sair da egrégora de Altair IV para permitir que seu foco pessoal se expressasse para garantir sua sobrevivência sem ser sufocado pelos conflitos dos outros grupos em constante luta com seus próprios egos deturpados.
Mas também estava dentro da programação que Sandalfon deixasse na Terra outro grupo de pessoas de sua raça, para restaurar o equilíbrio das raças negras da Terra, que necessitavam de um impulso genético para manter a virilidade vibracional dos genes de adaptação ambiental. Isso tinha sido deturpado na Terra devido às constantes interferências de outras culturas, que também não toleravam muito os negros devido à guerra racial de Orion, que se manifestou de forma epidêmica pelas principais culturas da Via Láctea. Era necessário, portanto, selecionar aqueles que iriam se radicar na Terra por um tempo indeterminado e os que iriam se radicar definitivamente em um novo mundo. O processo de seleção foi feito através dos padrões cerebrais e vibracionais do campo áurico de cada pessoa, por meio de uma complexa rede de satélites orbitais. Como era de se esperar, as 100.000 pessoas antes registradas estavam dentro do padrão estipulado e amadurecendo rapidamente, mas esse número tinha crescido rapidamente.

Cerca de cinco mil pessoas continuavam seu projeto pessoal de deixar o planeta com as naves disponíveis e ir para a periferia da galáxia. As naves mais requisitadas eram justamente as de exploração, que não eram muitas, mas possuíam as melhores condições de sustentação da vida, além de serem mais versáteis que os modelos comerciais. A maioria das naves de exploração era da Federação, que imediatamente colocou mediante uma seleção prévia um número disponível de naves para que recrutas deixassem Altair IV e se dedicassem à pesquisa para a Federação. As forças do Império ainda residentes em Altair também disponibilizaram suas naves, permitindo que muitas pessoas deixassem o planeta.
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